domingo, 15 de maio de 2011

creanberry juice (os infiltrados)


Pouco se fala a respeito desse grande filme do Scorsese. Sei lá se é pelo fato de ter ganhado Oscar, de ser relativamente comercial, pelo hype etc, simplesmente não sei. Revi o filme em blu-ray há umas semanas e constatei de vez: é um dos cinco melhores filmes do grande homem. A brincadeira toda (porque aqui tudo é um intrínseco jogo de malandragem) começa já no prólogo, de aprox. 15 minutos, que temos Frank Costello (Nicholson, genial (pinto borracha!)) se apresentando, juntamente com o paralelo dos personagens do DiCaprio e Damon, até o momento que determina toda base com a qual o filme irá se desenvolver. Entra os créditos iniciais, embalados ao som do I'm Shipping Up To Boston do Dropkick Murphys e tá lançada a mitração.

(trilha sonora, aliás, incrível, com Rolling Stones, Van Morrison, The Human Beinz, John Lennon, Beach Boys e outros)

Assim, depois de toda sacada inicial, começa o jogo do Scorsese, a brincadeira de manipular os personagens em prol do público e de sua própria ideia: filme enlouquecedor em alguns momentos, e por vezes um trabalho porralouca quase insuportável - o grande ponto do filme é o frenético acompanhamento do traçado dessa linha de pensamentos, raciocínios e ações desses três personagem supracitados. Fora isso, esse filme é BONITO - travellings laterais, bem decupado, montagem ágil, que dá 'fluição' e sustentação às mais de duas horas de filme -, tem subtramas essenciais e contextos que fazem com que nós de fato nos importemos com as personagens, final que ironiza todo princípio do filme, jack nicholson imitando ratos etc. Digno filme do caralho.

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